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Protestar ou manifestar fé religiosa é
um direito de todos os cidadãos em
nosso país; e,da mesma forma, qualquer
pessoa que se sentir ofendida tem total
direito de se expressar ou se defender
judicialmente. Porém, o que ambas as
partes devem entender é que existem
limites e que o respeito e a ética
devem prevalecer acima de tudo |
No último
domingo (15/07/12), em Recife, no estado de Pernambuco, algumas dezenas
de pessoas, aparentemente evangélicas, fizeram uma passeata pelas ruas
da cidade, concentrando-se próximo a um terreiro de candomblé. Esse
movimento foi interpretado pelo senhor Érico Lustosa, um pai de santo
vizinho ao local, como um ato de intolerância religiosa. O mesmo aparece
numa filmagem registrando o fato, com clara demonstração de grande
indignidade e acusando os religiosos de estarem agindo de forma
violenta, a ponto de quase terem derrubado o portão do terreiro; ele
afirma também ter sido ameaçado por um dos membros do suposto protesto.
Assistindo ao vídeo, não é possível ver nenhum ato de violência ou
tentativa de invasão do terreiro por parte do grupo que, aparentemente,
apenas cantava de forma pacífica enquanto caminhava; porém, o senhor
Érico continuava insistindo para alguém chamar a polícia. Como bem
sabemos, todos os tipos de manifestações evangélicas são pacificas; e,
caso alguém tenha agido desrespeitosamente, fez
isso por si próprio contrariando todos os princípios cristãos e também,
certamente, a vontade dos demais irmãos que ali estavam. Qualquer ato de
baderna e, principalmente, de violência é totalmente inadmissível, pois
a Bíblia, em 1ª Pedro 3:15, nos ensina a responder com mansidão a
qualquer pessoa que questionar a razão da nossa esperança. Além do mais,
queremos ganhar essas pessoas e não devemos fazer nada que possa
afastá-las mais ainda da salvação e, se elas servem ou estão possuídas
por espíritos malignos, não podemos também nos esquecer que a nossa luta
não é contra elas, mas contra os poderes das travas que as dominam.
Agora, quanto a esse caso especificamente, talvez o senhor Érico possa
ter alguma razão em se sentir ofendido, mas, o que mais nos parece, a
julgar pelas imagens, é que trata-se de um religioso inconformado com a
presença de representantes de uma religião contrária à dele em frente ao
seu local de culto. Não nos esqueçamos também que estamos em um país
livre em que todos têm total direito de expressar suas crenças e que o
inimigo tem lutado muito ferozmente para impedir o avanço do Evangelho.
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