Ladrão "evangélico" devolveu dinheiro e deu dica de segurança à vítima

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Esse é o bilhete deixado pelo
suposto ladrão evangélico junto
com parte do dinheiro roubado
    Na cidade de Tatuí, interior de São Paulo, aconteceu recentemente um fato um pouco estranho: um ladrão esperou o pessoal sair, invadiu uma residência e roubou R$ 400,00; pouco tempo depois, novamente ele voltou à residência, mas, dessa vez, jogou por baixo da porta um envelope com R$ 250,00 junto com um bilhete aonde estava escrito o seguinte:
    "Peço que me perdoe. Fiz no momento de desespero pois estou desempregado já faz um tempo, te roubei mas estou devolvendo o dinheiro, pois sou evangélico e conheço as leis de Deus. Esperei sua filha sair e pulei a janela. 1000 perdões.

    Conselho = > coloque cadiado nas janelas.

    Abraços!! (sic)
".
    Certamente, o arrependimento desse ladrão foi sim o resultado de uma ação divina; e supõe-se que ele não tenha devolvido o valor todo por já tê-lo gasto. Porém, questionável mesmo é se o fato de ele ser evangélico é verdadeiro ou não, pois, por maior que seja o desespero, esse é um ato inadmissível para quem se diz servo de Deus. É óbvio que o Senhor perdoa aqueles que se arrependem e voltam atrás em suas atitudes consertando seus erros, mas devolver o dinheiro não é tudo, ele deveria ter se entregado à polícia, pois cometeu um ato ilícito e deveria também passar pela justiça dos homens. Esse é o mal de muitos que dizem ter se convertido: eles contam com o perdão de Deus, mas não se preocupam em ajustar as contas também na terra. E, achando-se justificados por abandonarem a prática do crime, alguns saem por aí contando testemunhos e constróem seus ministérios em cima de seu passado criminoso. Será que não seria melhor pagar judicialmente por seus atos e testemunhar para outros criminosos na cadeia? É cada um com a sua consciência... mas, o que será que Deus pensa disso? E, só para lembrar, pela Justiça brasileira, devolver o produto do furto não elimina a pena que, nesse caso, vai de dois a oito anos de prisão.

Fonte: Diversas Agências de Notícias
Texto: Jonas M. Olímpio

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